segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Até hoje a noite

Começou a semana de Ciências Sociais daqui, a abertura foi com um cientista político da PUC/SP analisando as manifestações populares desse ano. Aquela confusão que ninguém conseguiu entender, ele meio que entendeu e explica. Segundo ele, as manifestações são frutos das contradições do “neonacional-desenvolvimentismo”, que caracteriza os governos do PT.

Teve o primeiro ciclo desenvolvimentista, com JK, depois na ditadura teve outro, e o terceiro seria esse do PT, todos eles com forte apelo na indústria nacional e no desenvolvimento, e o tal do desenvolvimento vai devorando tudo e retirando direitos e expropriando terras. Com isso tem se um aumento da qualidade de vida das classes mais baixas (emprego pleno e distribuição de renda, criando um grande subproletariado) e um aumento ainda maior da classe alta, por que, né? Nunca a classe alta vai perder, nem ao menos deixar de ganhar.

As manifestações nascem dessa contradição da classe baixa, do subproletariado, que tem um ganho de qualidade de vida, mas tem seus direitos cerceados, daí eles expõem essa contradição, mas são engolidos pela “coxinhização” do movimento (os babacas do hino e do sem partido).

O palestrante achou melhor focar na vitória do movimento, de ter parado o país, de não ter acontecido o aumento, da presidenta ter feito uma reunião com os líderes, etc. Segundo ele para que novas lutas aconteçam é importante que acreditem nessa vitória.

Não tinha pensado por esse ângulo, os coxinhas realmente me irritam, mais ainda do que os religiosos (se bem que coxinhês e religiosidade andam juntas), mas realmente isso é algo para se pensar.

No final perguntaram sobre os Black Blocks, mas ele desconversou e não respondeu. 

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