Antes e durante a Assembleia que pôs fim a greve dos professores os colegas me perguntavam se eu iria votar A FAVOR ou CONTRA. Nesses termos objetivos e dicotômicos. Eu ficava confuso. Afinal, não iriamos discutir a pauta da negociação? Não enxergava onde cabiam esses termos. Só no avançar da assembleia eu percebi o que todos já sabiam. Não haveria discussão nenhuma. A APP queria acabar com a greve e você seria A FAVOR ou CONTRA isso. Houve então um teatrinho de defesa das partes, onde cada um pregava para seus convertidos e a votação que acabou com a greve. Acabou, não suspendeu, por que isso é lorota. Só desmobilizaram a classe no auge da sua força, se isso não é acabar com o movimento não sei o que seria.
Só sei que segunda-feira entrarei em sala pedindo desculpas aos alunos. Não por ter exercido meu direito de greve, mas por esse direito ter sido usado de forma vã, por termos nos entregado sem qualquer ganho real (alguém acredita que ele vai cumprir as promessas, sem ter dado prazos, nem garantia? Sério? Nessa altura do campeonato? É mais ingenuidade do que eu acreditando que haveria discussão na assembleia) e por termos os traídos quando dizemos que estamos lutando por uma educação de qualidade e no segundo depois vendemos nossa hora-atividade.
Enfim, vejamos a continuidade do processo. A luta continua, mas fica mais complicada com essa aula de peleguismo e entreguismo que tivemos ontem
30/04/2014
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