sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Terra da Laranja

Estou de férias, na casa dos meus pais, mais no interior do Paraná ainda. Como tenho dado notícias diárias escritas para Donadora, não tenho escrito aqui, já que é basicamente a mesma coisa. Mas criei outro blog para arquivar essas mensagens.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ad eternum

Estou com tanto sono que demorei pra perceber que a página abriu. Como estava tudo em branco imaginei que estava carregando, mas está em branco porque esse é o papel dela. Esperar minhas palavras. Voltarei a ser lacônico hoje. Estou me esforçando para escrever todo dia, mas é difícil ter pauta sendo eu um tédio. Modorra poderia ser o título de todos os posts desse blog/diário.



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mesmo céu, mesmo CEP


Lacônica a postagem de ontem. Subitamente perdi a vontade de escrever. Vou detalhar melhor agora que a inspiração retornou (ou seja, quando eu deveria estar dormindo). A origem de tudo na verdade é o medo. Não a origem do universo e tudo mais. Mas a origem de tudo que está acontecendo comigo atualmente. Veja bem, estou me formando. Conhecidamente a hora do cagaço frente ao mundo adulto. Ao mesmo tempo estudarei mais um ano, isto é, estou preso nesta cidade, nesta universidade, nesta vida por mais um ano. O que no fim quer dizer que tenho todas as desvantagens de ser formado, somado com as desvantagens de ainda ser universitário. É ou não é uma situação desprezível?

Então tinha resolvido me resolver. Sair caçando emprego (como exposto posts abaixo). Mas na hora H me bateu uma depressão. Coisa de pia mimado. Até tirei a barba, mas não consegui cortar o cabelo e ir lá atrás do emprego. Meus pais pedem minha volta pra minha cidade natal. Seria mais fácil. Mas seria também vergonhoso. Acho que é meio que aceitar uma derrota. Retroceder. Então esqueci tudo isso e aproveitei enquanto há restos de meu último salário e fizemos uma extravagância. Somos glutões. Gostamos de comer, e de comer bem e de comer muito. Tem um restaurante aqui perto especializado em peixes e frutos do mar. Somos birutas por peixes e frutos do mar. E eu estava devendo à ela um presente em nome de minha mãe e também pelo nosso quase fim, e pela minha quedinha pela psicóloga-tonta-rockeirinha-marxista do vestibular. Enfim.

Então, ao invés de eu ir aprumado ser entrevistado e dizer minhas qualificações para o emprego de garçom, fomos à um restaurante mais caro do que estamos acostumados (mas que tem o trunfo de não ser metido a besta), comer o prato que adoramos. E fomos muito bem atendido pelo garçom de lá. E resolvemos dar gorjeta para ele. 10%. Nunca tinha feito isso, sabia nem como me portar. Enfim, não estou dizendo isso pela ostentação. O que aliás, acho ridículo. Mas por que disso tudo fica o medo. De quando e se vou voltar a comer um prato desse. Se eu deveria voltar a comer um prato desse. Do que vou me sujeitar a fazer comigo e com os outros para poder comer um prato desse. Se o garçom alguma vez comeu um prato desse. Desse dia em particular, nesse momento sensível de minha vida fica a incerteza. E é claro, a ironia.


P.S: Falando em ostentação, hoje eu assisti este documentário. Tento ser libertário. Tento suprimir meus gostos de classe média e admirar as manifestações artísticas populares, mas esse negócio de funk ostentação não desce. Aceito o argumento da auto-estima da periferia. Mas não dá pra fazer isso sem enaltecer marcas e promover o consumismo? Os Racionais são fera nisso. A presença de palco deles é foda, as letras são conscientes e promovem essa alardeada auto-estima do funk ostentação sem a palhaçada pró-consumo. Quer dizer, as vezes acabam caindo nisso, mas pelo menos se mostram meio em conflito.

"O que/ toma uma taça de champagne também curte/ desbaratinado tubaína tutti-frutti"



quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Surubim



De candidato a garçom à cliente chique. Essa foi a tônica de ontem. Tá, talvez não chique. Mas, caro. E dando gorjeta.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Moda



Jogamos três-cortes ontem. Tudo começou no que era para ser um piquenique indoors no terraço de Dora, mas virou um piquenique no sentido estrito do tempo, com rede estendida no chão da praça e tudo. Em determinado momento acharam por bem comprar uma bola, daquelas bem vagabundas que vendem em praças, e jogar algo. Dorinha é a pata mor, mas aceitou brincar para manter o círculo de amizades (só não quando a coisa passou para o futebol). De qualquer forma isso foi na sexta. Estou falando de ontem, domingueira. Pessoal se animou tanto com o jogo que compraram uma bola menos vagabunda (aquela ficou presa em uma árvore) e nos chamaram para jogar nos arredores do estádio aqui. Não queríamos ir, mas a situação ficou insustentável. Primeiro dissemos que a catedral estaria muito cheia num domingo. Mudaram para o estádio. Depois dissemos que iria chover (parecia). Não choveu. Depois que iriamos ver um filme (rever, na verdade, "A bolha"). Esperaram. Enfim, por fim, fomos. 

Nem de longe foi meu domingo perfeito. Pelo menos fiz alguma atividade física, meu condicionamento está preocupante. De qualquer forma, ao voltarmos assistimos alguns episódios antigos de "Girls" (olha a gente revendo coisas mais uma vez) e eu vi os melhores momento da semana da NFL, a qual perdi, mas felizmente o Green Bay não.

Hoje resolvemos assistir algo novo para variar. No cinema. Os cinemas de um modo geral tem estado em uma situação difícil, imagina cinema em cidade interiorana do Paraná. Após meses sem conseguir ver um filme que preste (tentamos assistir "Mato sem cachorro", mas abandonamos no meio, sério, deplorável aquele filme) assistimos Blue Jasmine, do Woody Allen. Representou. Dora sentiu empatia pela personagem, torceu por ela ao longo do filme. Eu queria mais que ela se fodesse mesmo. Isso é apenas uma de nossas dicotomias. Na mesma noite, mesma temperatura, ela dorme coberta eu durmo com ventilador. Esse é a incompatibilidade que mais me incomoda. Não conseguimos dormir juntos. Além disso eu sou mais "roots" ela é mais "cosmopolita", eu tendo a querer viajar pra praia e mato e ela para grandes centros. E a grande dicotomia, a que quase nos separou algumas vezes, eu tendo a poligamia, ela não. 

A menina do vestibular, a qual fiquei gamadinho, por exemplo. Super haveria espaço para ela, entre mim e Dora. Segundo, claro, minha libertina opinião. Assim como haveria para algum rapaz do interesse dela. Mas não conseguimos trabalhar isto de modo que ambos saiamos satisfeitos. Eu cedo à um relacionamento monogâmico, por ter encontrado, a despeito das divergências expostas, um ótimo par. Quase perfeito. Não vou falar de amor, acho piegas ao extremo, além de não ter um sentido muito claro. Minha grande revolta é termos nos encontrado muito cedo. Ambos somos nossos primeiros namorados. Ambos temos 20 e poucos anos. Sabemos que vem por ai um inevitável fim.

Estou meio sentimental por que o inevitável fim quase foi hoje. Conseguimos adiar. Entre cinemas, vôleis e gamações, continuamos. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Modorra

Não tenho feito nada. O que não significa que não tenha nada para fazer. A faxina por exemplo, passa por um atraso fenomenal de minha parte. Darei um jeito nisso. Darei um jeito em muitas coisas, na verdade. Vou cortar meus longos cachos (mentira - que são longos cachos, mas irei sim cortar). Vou retirar minha respeitosa barba (mentira - que é respeitosa, mas vou sim fazer). E vou procurar emprego (é tudo verdade nesse caso). De garçom. É algo que precisa bastante nesses tempos de povo com dinheiro no bolso e tempo para sair e é algo que tenho alguma experiência, além de vir de uma nobre linhagem de garçons. Meu pai foi por um tempo, meu irmão foi também. Eu fui e devo voltar a ser. Paga bem até, ou pagava nos idos de 2010 quando trabalhei em uma pizzaria metida a besta meio kitsch daqui.

Sobre águas passadas: 

1) No último dia de vestibular fiquei de fiscal de corredor e danei a conversar com a fiscal de bloco, a qual era do projeto. Ela me fez ser mais amigável com eles um pouco. Mostrou ter uma reflexãozinha, embora incipiente, sobre os limites do trabalho. Na verdade eu fiquei meio gamadinho, e isso pode ter enviesado minha opinião. Ela tem uma beleza toda diferente, e é marxista e divertida e saltitante. Mas sou um homem comprometido. Em um relacionamento monogâmico, infelizmente.

2) Phineas e Ferp continua fazendo sucesso nesse comecinho de férias. Embora ele seja realmente um desenho incomum, que brinca com os clichês e bagunça nossas expectativas, ainda está preso a certos problemas. As mulheres, por exemplo, não fogem muito de uma visão machista em que ora são donas-de casa-Amélia-anos-50, ora adolescentes-frívolas-histéricas. O pessoal reaça diz que é impossível agradar os "politicamente corretos" (grupo no qual tento me enquadrar), mas nem é. Só é difícil. Por que é difícil mesmo você não ser preconceituoso e opressor.

Sobre águas por passar:

Acho que em 2015 sai a viagem pela América Latina, meio mochileiro-flautista-mendicante. Aguardemos.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Teresina

Meu sono deu de pesar hoje. O despertador ter tocado seis vezes e eu ter recebido quatro ligações não fizeram nem cócegas em meu repouso. Acordei na quinta ligação, de Donadora, minha senhora, perguntando de meu paradeiro. O caso é, eu devia estar na universidade às oito horas, para trabalhar de fiscal especial. O despertador deu seu primeiro toque às sete horas, tempo no qual eu acordaria, tomaria banho, tomaria café da manhã e percorreria os 150 metros que separa a república dos Bolcheviques Psicodélicos da Babilônia em Chamas da universidade local. Como sabido, os toques de nada adiantaram, e a uma hora de tempo hábil se tornou quinze minutos já de déficit. Mas tudo deu certo. Tomei a ovada de praxe, mas consegue chegar a tempo e realizar o "maravilhoso trabalho" de fiscal especial. 

É, as aspas são de ironia. O vestibular especial da UOE (Universidade Onde Estudo), é realizado pela comissão de vestibular, obviamente, mas com apoio de um projeto de deficiência. Coordenado e povoado pelo pessoal da Psicologia. Durante o ano, eles assistem filmes e discutem questões sobre as deficiências, num exemplo espetacular de perfumaria acadêmica. A única ação prática, o único momento em que é feito algo relevante é durante o vestibular. E aí que mora o problema. Parece que para eles, está bom, parece que isto basta. Eles se orgulham e se sensibilizam e acham que estão sendo caridosos e justiceiros. Mas no ínfimo não estão. Por que o vestibular adaptado é tudo menos isônomo. Ele trata igualmente os desiguais. Ler a prova para um cego não vai ajudá-lo a passar no vestibular, por que é outro modo de viver. Traduzir a prova em Libras e achar que esta ajudando o candidato é bobagem. Eles desconsideram completamente a cultura surda. O texto de hoje era particularmente complicado. Segue o link:

http://www.releituras.com/joaoubaldo_overbofor.asp

Além de ter palavras intraduzíveis para Libras, como "coevas", "vulpino", e "alimária", o cerne do texto está neste trecho:

"Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

— Esse "for" aí, que verbo é esse?

Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

— Verbo for.

— Verbo o quê?

— Verbo for.

— Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

— Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe."

E então? O que fazemos? Eu sou partidário de repensar toda a estrutura do vestibular especial, criar uma prova específica para cada deficiência, com direito à cotas. Ou pelo menos que se discuta isso. Para os engajados alunos da UOE, está tudo certo, estamos fazendo um trabalho maravilhoso e ajudando ao próximo. 

P.S: Parece que estou descendo a lenha por que cheguei atrasado hoje e levei bronca. Não é isso, é revolta crítica-reflexiva, mesmo. Eu juro.

P.P.S: O resto do dia fiquei correndo atrás de dinheiro para receber e dinheiro para pagar. Joguei um pouco de "playdois", mas não me dou bem com ele, sou um nintendista convicto. Por fim comprei três Piauís velhas. Estou em uma fase fã de Piauí, relevo ela ser dos Salles e relevo até ser da Abril. Só não pago R$15,00 nela na banca, né, pelamor. É treiszão no sebo.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Tudo pode acontecer


Saíram as últimas notas (10, as duas). Agora estou oficialmente aprovado, sem nenhuma DP por todo o curso, tendo feito dois exames (Sociologia I e História do Brasil, ambos por vagabundagem de não entregar um dos trabalhos) e reprovado em uma optativa (Pensamento Político de Rosa Luxemburgo, pelo extremo da vagabundagem de não entregar nenhum trabalho). Completei minhas 240 horas com sobras. Tenho um PIC em andamento. Vou ficar mais um ano em bacharelado, enfim, tudo isso pra dizer que estou mais ou menos de férias. Não tenho nenhuma prova marcada e as noites são todas minhas novamente, por outro lado tenho que arranjar dinheiro pois acabou la plata e estou desempregado. Tenho que dar continuidade pra pesquisa do PIC, que não pára. E tenho coisas pra ler, peso pra perder, ruas pra correr, casa pra varrer, namorada para....namorar. 

Estava pensando em ir pra Itajaí, onde um amigo mora e nos convidou. Eu e Donadora, minha senhora. Não sei ainda, se fosse seria pra trabalhar, tá osso a coisa. Vou ver se trabalho por aqui mesmo. Pior que a mãe de Doralice (a Donadora, minha senhora), foi roubada. A bolsa. Com tudo. Foi um cúmulo de infelicidades, chaves, celular, carteira, documentos, dinheiro, muito dinheiro. Não que ela tenha muito dinheiro, mas no desespero acabou se esquecendo de bloquear um dos cartões e com isso rasparam a poupança dela. O celular também foi um item especial, daqueles bem caros, chiques, pior não é preço, é o apego que ela tinha com o celular. Estava toda feliz. Realmente uma pena. Pior ainda que ela tenha uma doença auto-imune, a qual já tirou parcialmente a mobilidade das pernas e periga cegá-la que aumenta muito a chance de surto com o stress. E ela esteve muito estressada esses dias. A desgraceira não tem limites. 

Antes disso, quando o tempo estava calmo eu ficava assistindo Phineas e Ferb. Acho realmente engraçado. Um outro nível de desenho animado. Satírico, original e imprevisível. O imprevisível é questionável, já que eles seguem a mesma fórmula todo episódio, mas como ela vai ser trabalhada é que é surpreendente. Com o assalto eu e Dora nos enfurecemos um pouco, e temos pensamentos pequenos burgueses contras "os bandidos", mas depois nós  refletimos e nos arrependemos. É difícil ficar revoltado quando se assiste Phineas e Ferb em uma quarta-feira a tarde, sabendo que tem pessoas ralando por ai (e assaltar é uma enorme ralação). O problema é que quem assalta não quer subverter as hierarquias sociais. Quer se alçar pro topo dela. Dai fode. Por que não vai. E quem é assaltado também não. Enfim, todo um desperdício de ódio de classe ocorrendo por aí. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

The end has no end

Hoje extra-oficialmente é o fim de minha graduação. Extra-oficialmente, pois tem a lenga lenga oficial, a chateação de colação de grau e etc, tem também notas por sair, mas ao contrário de uns e outros eu tenho uma perspectiva otimista em relação à elas (no caso as notas de "Estado-nação na América Latina" (menos que 9 é decepção) e de "Questões de Antropologia Contemporânea" (menos que 6 é decepção, mais que 7 é lucro)). 

Um fato curioso é minha dificuldade com Antropologia ao longo do curso. Sempre me vi como um antropólogo, mas na verdade estava me enganando. Nunca levava minhas pesquisas pro lado da Antropologia, nunca me dei bem nas matérias da Antropologia, tinha uma visão idealizada da matéria, e fui me afastando a medida que fui descobrindo a verdadeira Antropologia. Não que ela seja ruim, pelo contrário, se tem algo que justifica a Sociologia no Ensino Médio é a promoção de uma visão de alteridade, que é típica da Antropologia, só que ela não é pra mim (a Antropologia, não a alteridade).

Então, não sei mais o que fazer. Indo no sentido contrário de minha relação com a Antropologia, eu nunca me vi como um Politicólogo, mas minhas pesquisas foram para esse lado, etc, etc, etc. Mais especificamente, nas Relações Internacionais, e dai eu pirei em meus últimos trabalhos nas ilhas da Oceania e na América Latina. Trabalhos bons, gostosos de fazer. 

Mas meu projeto é Bacharelado 2014, América Latina 2015-2016 e Mestrado algum lugar, algum tema 2017. Veja que vou começar o mestrado com 27 anos, vai ter colegas meus terminando o doutorado por ai. Mas penso em uma vida não meramente acadêmica, e acredito que essa viagem (mochilão, ideia em maturação) tem também a acrescentar em minha bagagem cultural (e claro que não vou parar de ler).

Na verdade eu tomei essa decisão hoje, e ela não é muito resoluta, mas foi fortemente recomendada e apoiada por minha orientadora de iniciação científica. Ou seja, não sei se estou bem ou mal orientado.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

http://firstrownow.eu/

Quase um mês desde que escrevi o único post desse blog. Terminou a semana de sociais, terminou também o semestre de sociais, aliás, terminou meu curso de sociais. Veja só. Fui pra UEL, voltei da UEL, fui mesário em eleição do DCE, o Aaron Rodgers se machucou, recebi chilenos em casa, quis eu mesmo sair de casa, fiquei em péssima posição no PSS, ganhei uma passagem pra São Paulo, fui fiscal de vestibular de piazada doente, reprovei em uma optativa, o Tricolor escapou do rebaixamento, abandonei o timeco de vôlei daqui, enfim, águas rolaram.

Vou ver se escrevo todo dia nessas férias agora, e talvez recupere um pouco dos acontecimentos recentes.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Até hoje a noite

Começou a semana de Ciências Sociais daqui, a abertura foi com um cientista político da PUC/SP analisando as manifestações populares desse ano. Aquela confusão que ninguém conseguiu entender, ele meio que entendeu e explica. Segundo ele, as manifestações são frutos das contradições do “neonacional-desenvolvimentismo”, que caracteriza os governos do PT.

Teve o primeiro ciclo desenvolvimentista, com JK, depois na ditadura teve outro, e o terceiro seria esse do PT, todos eles com forte apelo na indústria nacional e no desenvolvimento, e o tal do desenvolvimento vai devorando tudo e retirando direitos e expropriando terras. Com isso tem se um aumento da qualidade de vida das classes mais baixas (emprego pleno e distribuição de renda, criando um grande subproletariado) e um aumento ainda maior da classe alta, por que, né? Nunca a classe alta vai perder, nem ao menos deixar de ganhar.

As manifestações nascem dessa contradição da classe baixa, do subproletariado, que tem um ganho de qualidade de vida, mas tem seus direitos cerceados, daí eles expõem essa contradição, mas são engolidos pela “coxinhização” do movimento (os babacas do hino e do sem partido).

O palestrante achou melhor focar na vitória do movimento, de ter parado o país, de não ter acontecido o aumento, da presidenta ter feito uma reunião com os líderes, etc. Segundo ele para que novas lutas aconteçam é importante que acreditem nessa vitória.

Não tinha pensado por esse ângulo, os coxinhas realmente me irritam, mais ainda do que os religiosos (se bem que coxinhês e religiosidade andam juntas), mas realmente isso é algo para se pensar.

No final perguntaram sobre os Black Blocks, mas ele desconversou e não respondeu.